Cafeína Natural vs Cafeína Adicionada: Qual é a Diferença?

Por Food Insight | 13 de setembro, 2018
Última atualização: 13 de setembro, 2018

Enquanto você saboreia seu café da manhã, considere que o consumo de cafeína está enraizado lá na antiguidade, remontando aos tempos antigos, envolta em séculos de mitos e lendas. Ao narrar a história da cafeína, é difícil separar o apócrifo do fato.

O café em sua encarnação moderna provavelmente tem suas origens na Arábia durante a Idade Média, enquanto o chá era apreciado na China desde antes da Era Comum. Da mesma forma, o cacau desempenhou um papel importante no cotidiano da civilização pré-colombiana nas Américas Central e do Sul.

A popularidade dessas bebidas logo se espalhou e a demanda aumentou no resto do mundo. No século XVII, o café, o chá e o chocolate estavam firmemente entranhados nos costumes sociais e práticos de grande parte do Ocidente.

Quais são as fontes naturais de cafeína? A cafeína natural é extraída de plantas para ser usada em diferentes alimentos e bebidas. Encontrada em mais de 60 espécies de plantas em todo o mundo, a cafeína vem das sementes de grãos de café, grãos de cacau e nozes de cola; das folhas e brotos do chá; das folhas da erva-mate; e da casca do Yoco. Outras fontes naturais de cafeína incluem o guaraná, o guayusa e o yaupon azevinho.

E quanto a cafeína sintética? De onde ela vem? Além das variações naturais, a cafeína sintética também é amplamente usada em alimentos e bebidas comuns e se estende até a água, chicletes e produtos de higiene pessoal!

O FDA, Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA regula a adição de cafeína em cinco categorias de produtos: alimentos, bebidas, bebidas energéticas, suplementos alimentares e medicamentos sem receita. No entanto, a desinformação abunda quando se trata das diferenças entre a cafeína sintética e a cafeína que é derivada de fontes vegetais.

2018 Food and Health Survey revelou que mais de 70% dos participantes da pesquisa achavam que a cafeína poderia ter um efeito diferente no corpo, dependendo da fonte (sintética vs. natural) ou não tinham certeza.

Na realidade, a cafeína natural e a sintética são quase indistinguíveis; ambas são quimicamente idênticas. A principal diferença é que a cafeína sintética é produzida a partir da ureia e do ácido cloroacético, em vez de ser extraída de produtos vegetais como a cafeína natural. O produto final e o efeito da cafeína no corpo são surpreendentemente semelhantes. Pesquisas científicas sobre a cafeína sintética, publicadas já em 1947 por Scott et al na revista Science, indicam os mesmos efeitos estimulantes no corpo.

Os benefícios da cafeína para a saúde são extensos e afetam inúmeras facetas da nossa saúde. Uma meta-análise de 2017 descobriu que a cafeína melhora significativamente a cognição aumentando o estado de alerta e melhorando o desempenho em tarefas motoras. O mesmo estudo também observou uma ligação positiva entre a ingestão de cafeína e a diminuição da incidência do declínio neurológico associado ao envelhecimento. Além disso, o consumo de cafeína na forma de café pode reduzir a inflamação e pode até diminuir o risco de várias doenças crônicas, incluindo diabetes e hipertensão.

A ingestão diária de cafeína até 400 mg por dia é geralmente considerada segura em adultos saudáveis. No entanto, gestantes ou mulheres em fase de amamentação e aquelas com doenças cardíacas pré-existentes devem tender para o lado da cautela, com doses diárias recomendadas variando de 200 a 300mg.

A cafeína de qualquer fonte, seja derivada da natureza ou adicionada,  tem o mesmo efeito. Conheça as fontes e as quantidades em sua dieta.

Este post foi escrito por David Hu, RD