Alimentos com organismos geneticamente modificados, também conhecidos como alimentos OGM, existem há décadas. No entanto, embora se tenha provado que são tão seguros quanto os alimentos cultivados convencionalmente e, em alguns casos, mais nutritivos, alguns fatos sobre os alimentos OGM e vários mitos relacionados a eles, ainda permanecem desconhecidos.
O IFIC tem falado como os OGMs ajudam a produtividade do agricultor e ajudam na sustentabilidade ambiental, entretanto, mais questões têm vindo à mente dos consumidores quando se trata de OGMs e compras de supermercado. Aqui está uma lista de perguntas frequentes que podem ser úteis na sua próxima ida ao supermercado:
Os OGMs são Rotulados nos Produtos de Supermercados?
Atualmente, você pode encontrar alguns produtos alimentícios com rótulos que informam os consumidores sobre alimentos que contêm ingredientes da bioengenharia – incluindo os OGMs. Este tipo de informação não tem o objetivo de indicar segurança, falta de qualidade ou valor nutricional – ela simplesmente existe para manter os consumidores informados sobre o que há em nossos alimentos. Em 2018, o Departamento de Agricultura dos EUA anunciou planos para finalizar o National Bioengineered Food Disclosure Standard’s List of Bioengineered (BE) Foods. Desde então, esta lista foi publicada no Federal Register e o regulamento entrou em vigor em 29 de dezembro de 2023. A conformidade obrigatória para todas as empresas de alimentos começará em 21 de julho de 2025. O regulamento exige que as empresas coloquem um texto ou um símbolo em todos os produtos que que contenham ingredientes da bioengenharia. Entretanto, muitas companhias já colocam voluntariamente esta informação nos rótulos de seus produtos. Tenha em mente que esta ação regulatória para divulgar informações sobre OGM não tem o objetivo de sinalizar uma preocupação de segurança ou de qualidade.
O Que Significa Uma Rotulagem Sem OGM?
Agora que você sabe que muitos alimentos trazem em sua embalagem a informação sobre os alimentos produzidos pela bioengenharia, sinalizando ingredientes OGM, você pode se perguntar ‘O que realmente significa um rótulo “Não-OGM”?’ Esses rótulos geralmente indicam que a biotecnologia OGM não foi usada para produzir o produto alimentício. Há uma lista relativamente curta de culturas OGM disponíveis nos EUA, que incluem: soja, milho do campo e milho doce, canola, algodão (usado na produção de óleo de semente de algodão), alfafa, beterraba, abóbora, mamão, maçã, abacaxi rosa e batata. Cada um desses tipos de culturas OGM é tão segura e nutritiva quanto seus equivalentes não-OGM. Somente produtos feitos a partir dessas culturas OGM podem ter uma versão OGM ou uma versão não-OGM.
O rótulo “Não-OGM” não é exigido por nenhum órgão regulador que monitora nosso sistema alimentar; o rótulo é usado para fins de marketing. Assim, se você estiver caminhando pelo corredor das aves ou das bebidas engarrafadas e vir um rótulo “Não-OGM” no frango ou na água, saiba que qualquer outro produto encontrado ali que não tenha essa informação no rótulo também é um não-OGM – significa apenas que o fabricante não colocou essa informação no rótulo do seu produto.
Vale ressaltar também que o rótulo “Não OGM” não é sinônimo de alimentos com rótulo “orgânico”. Alimentos orgânicos são aqueles que foram fabricados de acordo com as práticas de produção orgânica determinadas pelo USDA. Para as culturas, isso inclui o uso de certos pesticidas sintéticos e pesticidas naturais. Para os animais, isso inclui fatores tais como o tipo de alimentação dos animais e o tempo dado para permanecerem no pasto.
Qual é o Processo Pelo Qual os OGMs São Regulamentados em Nosso Sistema Alimentar Para Garantir Sua Segurança?
A segurança dos OGMs foi avaliada por autoridades nacionais e internacionais de segurança de alimentos. A Food and Drug Administration (FDA), a Environmental Protection Agency (EPA) dos EUA e o USDA têm garantido que os OGMs são seguros para a saúde humana, vegetal e animal – como tem garantido a Organização Mundial de Saúde. As autoridades dos EUA, além de avaliar a segurança dos OGM, também impõem regulamentos sobre a produção e introdução de OGM no sistema alimentar.
Uma biblioteca na web com informações úteis publicada pela FDA, explica o papel de cada agência dos EUA na regulamentação dos OGM. A FDA define e impõe padrões de segurança de alimentos que são OGM ou que contêm ingredientes OGM cumpram os mesmos padrões de segurança rigorosos que todos os outros alimentos também atendem. A EPA regulamenta a segurança das substâncias que protegem as culturas de OGM, também chamadas de protetores incorporados às plantas (PIPs) e trabalham para dar às culturas resistência a insetos e doenças. A EPA também monitora todos os pesticidas usados em culturas OGM e não OGM. Por fim, o USDA Animal and Plant Health Inspection Service (APHIS) protege a agricultura nos EUA contra pragas e doenças. O APHIS emite “regulamentos para garantir que as plantas OGM não sejam prejudiciais a outras plantas”.
Os OGMs Causam Doenças ou Alergias?
Os alimentos OGM fazem parte do nosso sistema alimentar há três décadas e foram exaustivamente avaliados quanto à segurança ou a potencial ligação a resultados adversos à saúde. Em 1994, um tomate OGM tornou-se o primeiro produto OGM disponível para venda. Antes de sua venda, estudos científicos avaliados por agências federais mostraram que ele era tão seguro quanto o tomate produzido tradicionalmente. Ao longo da década de 1990, mais culturas OGM tornaram-se disponíveis para venda. Elas incluíam abóbora, soja, algodão, milho, mamão, tomate, batata e canola (algumas culturas da década de 90 não estão atualmente disponíveis para venda).
É importante destacar, que o relatório apresentado posteriormente constatou que não existem efeitos adversos à saúde associados às culturas OGM. Para endereçar diretamente algumas das alegações de saúde adversas relacionadas ao consumo de OGM, o relatório destacou que não há evidências publicadas que apoiem acusações ou crenças de que o consumo de alimentos geneticamente modificados possa causar obesidade, diabetes tipo 2, alergias alimentares ou transtorno do espectro autista, ou que os alimentos OGM geram fragmentos únicos de genes ou proteínas que teriam a capacidade de induzir riscos à saúde.
Além disso, o consumo de OGM não é prejudicial para quem sofre de qualquer doença. Portanto, para qualquer alimento que você normalmente consome que tenha a informação na rotulagem sobre OGM/bioengenharia, você pode continuar a se sentir seguro em consumi-lo.
Esperamos que esta lista de perguntas mais comuns ajude em sua próxima ida ao supermercado e na compreensão da rotulagem dos alimentos OGM e não-OGM!