Há algumas coisas que você se acostuma a esperar, como a sincronia de um relógio, todo ano — o Dia do Ano Novo, o Dia do Imposto de Renda e, para muitas partes interessadas em alimentos e nutrição: a Pesquisa de Alimentos e Saúde do IFIC. Dezenove anos atrás, quando tive o privilégio de fazer parte da equipe que concebeu e produziu nossa primeira edição, não tenho certeza se avaliamos a contribuição, o valor e a longevidade que essa pesquisa com consumidores representaria depois de todos esses anos.

As percepções sobre alimentação e nutrição são mais importantes do que nunca

Muita coisa aconteceu desde 2005, quando a primeira Pesquisa de Alimentos e Saúde do IFIC foi lançada. Três presidentes serviram à frente do IFIC. Os Departments of Agriculture e o Health and Human Services dos EUA produziram quatro edições das Diretrizes Dietéticas Para os Americanos (DGA na sigla em inglês). Nossa população se tornou mais diversificada do que em qualquer outro momento da história. As taxas de obesidade aumentaram de quase 35% para bem mais de 40%, acompanhadas por uma mudança global de doenças infecciosas para doenças relacionadas à dieta — como doenças cardíacas e derrames — como a principal causa de mortalidade. Nós vivemos uma pandemia global que evidenciou as comorbidades, como o diabetes, como fatores de risco para doenças graves e morte.

Ainda assim, um fato é constante. Alimentos e nutrição são fundamentais para todos esses tópicos, e a ciência sólida apoia a adoção de padrões alimentares saudáveis, como os que as DGAs recomendam há mais de 40 anos. No entanto, a grande maioria dos consumidores, não se alimenta dessa forma.

O IFIC é uma organização centrada no consumidor com uma contribuição única

A voz do consumidor frequentemente está ausente no diálogo sobre sistemas alimentares, bem como na tomada de decisões relacionadas a políticas, pesquisas, comunicação e muito mais. Para melhor apoiar os americanos na obtenção de melhor qualidade de dieta, precisamos entender completamente suas realidades e oferecer soluções na medida certa e convincentes.

O IFIC tem sido pioneiro na coleta e interpretação de dados sobre percepção, conhecimento e comportamento do consumidor por meio de uma lente mais ampla do ambiente para questões de nutrição e segurança de alimentos para fornecer percepções oportunas e aguçadas baseadas em dados. Isso é parte integrante daquilo pelo qual nos tornamos conhecidos e uma plataforma central que informa nosso trabalho em geral.

A Pesquisa de Alimentos e Saúde do IFIC Captura as Percepções Diferenciadas de Pessoas Reais

No IFIC, nós nos esforçamos para que nossa pesquisa seja relevante agora e no futuro. Fazemos isso explorando tópicos (por exemplo, estresse, custo de alimentos, desinformação, tendências quentes) que servem tanto como barreiras quanto motivadores para fazer escolhas alimentares saudáveis ​​e construir padrões alimentares mais saudáveis. Esses fenômenos são vivenciados por pessoas reais em um mundo muito real.

Com o passar do tempo, trabalhamos para garantir que a Pesquisa de Alimentos e Saúde do IFIC equilibrasse a necessidade de entender questões emergentes e novas (por exemplo, medicamentos para tratar sobrepeso/obesidade, IA) com perguntas sobre tendência que são essenciais para entender o ambiente de alimentos e nutrição. Uma pergunta central que vem à mente é: “Qual o impacto que o/a [gosto, preço, saudabilidade, conveniência e sustentabilidade ambiental] têm sobre sua decisão de comprar alimentos e bebidas?” Quase 20 anos de dados mostram que o gosto supera repetidamente o restante dos fatores.

Para a Pesquisa de Alimentos e Saúde de 2024 do IFIC, expandimos o tamanho da nossa amostra para triplicar o número de entrevistados. A pesquisa com 3.000 consumidores representativos em nível nacional nos permite identificar nuances entre vários segmentos sociodemográficos da população e identificar outras percepções. A pergunta sobre o motivador de compra é um exemplo em que geramos percepções com maior detalhamento. Em comparação com a população em geral, que relatou o gosto como o fator mais importante na compra de alimentos, as famílias com renda anual de US$ 100.000 ou mais disseram que a saúde é a variável mais importante na compra de alimentos e bebidas; esse mesmo nível de renda também relatou maior felicidade e menos estresse em comparação com outros segmentos de renda.

Esse é apenas um exemplo de como planejamos utilizar os dados da Pesquisa de Alimentos e Saúde do IFIC agora e no futuro para contar uma história cada vez mais completa. Você pode esperar que o IFIC seja dinâmico como uma organização e no fornecimento de nossas pesquisas e percepções, seja pela forma como divulgamos os achados para vários públicos (por exemplo, briefings para partes interessadas e especialistas, relações com a mídia, artigos e referências para consumidores, colaboração com grupos que pensam de forma semelhante) ou pelos tópicos que estudamos e pela metodologia que usamos.

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