Quatro Nutrientes Para a Saúde dos Cabelos, Unhas e Pele

Por Alyssa Pike, RD
15 DE OUTUBRO DE 2021

Você já se perguntou como certos nutrientes podem afetar a saúde de nossos cabelos, unhas e pele? Muitos de nós já vimos alegações de beleza em suplementos ou produtos para a pele de que um nutriente ou ingrediente específico remove as rugas, faz o cabelo brilhar ou fortalece as unhas. Embora essas afirmações possam ser um exagero, existem algumas conexões reais e baseadas na ciência entre certas vitaminas e minerais e a saúde de nossos cabelos, unhas e pele. A seguir, vamos explorar quatro nutrientes-chave que desempenham um papel fundamental nessas áreas.

Vitamina A

Essa vitamina solúvel em gordura é essencial para a nossa visão, sistema imunológico e saúde da pele. Se você já viu uma alegação do retinol sobre cuidados com a pele, ela se refere a um tipo da vitamina A. O retinol é conhecido por sua capacidade de redução de rugas e acne; as pesquisas sugerem que o retinol tópico pode melhorar as rugas finas na pele que envelhece naturalmente e diminuir os sintomas de acne. A deficiência de vitamina A pode resultar em pele seca e escamosa e perda de cabelo Entretanto, suplementos de vitamina A, geralmente só são recomendados quando há uma deficiência verdadeira de vitamina A, o que é incomum nos Estados Unidos. Pessoas com fibrose cística ou distúrbios de má absorção têm maior probabilidade de apresentar deficiência de vitamina A.

Como a vitamina A é armazenada em nosso corpo, quantidades em excesso podem ser tóxicas, portanto, tome cuidado para não exagerar na ingestão de vitamina A. A dose diária recomendada (RDA) é de 900 microgramas diários para homens e 700 microgramas diários para mulheres. Cerca de uma xícara de cenoura crua fornece 900 mcg. Para maximizar seu potencial de vitamina A, faça uma dieta bem equilibrada e inclua muitas frutas e hortaliças, junto com laticínios, peixes, fígado e cereais fortificados.

Vitamina C

A vitamina C atua como um antioxidante em nosso corpo e desempenha um papel importante na saúde da pele. A pele contém vitamina C, que auxilia na síntese do colágeno e ajuda a proteger contra os danos dos raios ultravioleta. Como tal, você deve ter visto séruns ou hidratantes com vitamina C no mundo da beleza. Pesquisas em andamento sugerem que a vitamina C tópica pode reduzir a hiperpigmentação e a inflamação dos tecidos; no entanto, é melhor conversar com um dermatologista para determinar se esse tipo de vitamina C é apropriado para você.

A deficiência de vitamina C leva ao escorbuto, que é incomum nos Estados Unidos, mas ainda pode ocorrer em pessoas com dieta com variedade limitada ou em pessoas que fumam muito. A RDA é de 90 miligramas (mg) por dia para homens e 75 mg por dia para mulheres. Um copo de suco de laranja fornece 80 mg por porção. A vitamina C é encontrada em muitas frutas e hortaliças; as principais fontes incluem pimentões, frutas cítricas e seus sucos.

Biotina

A biotina é provavelmente o suplemento de venda livre (OTC na sigla em inglês) mais conhecido pelas demandas da beleza. A biotina é parte do complexo B que ajuda nosso corpo a converter alimentos em energia e a metabolizar gorduras e proteínas. Se você não ingerir biotina suficiente, poderá ocorrer queda de cabelo, pele escamosa e unhas quebradiças.

De acordo com a American Academy of Dermatology, obter quantidades adequadas de biotina por meio de alimentos ou suplementos pode melhorar o cuidado das unhas e ajudar a crescer e a engrossar o cabelo. Uma revisão sistemática dos efeitos da biotina no crescimento do cabelo e das unhas fornece evidências de “melhora clínica em pacientes que tinham uma patologia subjacente para o crescimento deficiente do cabelo ou das unhas”. No entanto, faltam evidências suficientes para a suplementação de biotina em indivíduos saudáveis. Pessoas com deficiência de biotinidase, pessoas que abusam do álcool ou mulheres grávidas ou amamentando têm maior probabilidade de risco de inadequação de biotina e podem se beneficiar de um suplemento de biotina. Uma ingestão adequada de biotina de 30  microgramas (mcg) por dia para todos os adultos foi estabelecida pela National Academy of Sciences. Ao considerar a necessidade de um suplemento, procure alimentos ricos em biotina, incluindo nozes, hortaliças, salmão e ovos.

Zinco

O zinco é um mineral essencial necessário para o metabolismo celular, função imunológica e cicatrização de feridas. Pesquisas têm mostrado que o zinco é eficaz na cura de lesões cutâneas, como no tratamento de acne, psoríase e dermatite. Além disso, o zinco acelera o processo de cicatrização de feridas e queimaduras devido ao seu papel na síntese do colágeno, uma importante proteína encontrada na pele. Embora o zinco não aumente o crescimento do cabelo, incluí-lo na dieta pode ajudar a prevenir a queda de cabelo.

deficiência de zinco está associada ao atraso do crescimento, perda de apetite, irritação da pele e comprometimento da função imunológica. Algumas pesquisas apoiam o uso de um suplemento de zinco para reduzir a duração do resfriado comum, embora uma quantidade da dosagem não tenha sido formalmente recomendada. Pessoas com problemas gastrointestinais, vegetarianas, veganas, mulheres grávidas e lactantes, pessoas que abusam do álcool e pessoas com doença falciforme têm maior probabilidade de correr o risco de insuficiência de zinco e podem se beneficiar de um suplemento de zinco. A dose diária recomendada (RDA) é de 11 mg por dia para homens e 8 mg por dia para mulheres. O zinco é encontrado em alimentos ricos em proteínas, como carnes e frutos do mar.

Conclusão

Embora esses importantes nutrientes contribuam para a saúde do nosso cabelo, pele e unhas, não é necessário iniciar uma nova rotina de suplementos. Na maioria dos casos, um suplemento só é necessário se houver deficiência de vitaminas ou de minerais. Uma dieta bem equilibrada é sua melhor aposta para consumir quantidades adequadas de vitamina A, vitamina C, biotina e zinco; e assim, obter benefícios para os cabelos, unhas e pele. Se você tiver dúvidas sobre a ingestão de nutrientes, sempre consulte seu médico.

Este artigo inclui contribuições de Anastasia Maczko, RD.