A luta é real 

Com quase duas décadas de insights dos consumidores provenientes do inquérito anual Food & Health do IFIC, não consigo parar de pensar na confiança (ou na falta dela) dos consumidores na segurança do sistema alimentar. O gráfico abaixo captura as respostas dos consumidores de 2012 a 2023, quando 78% dos consumidores disseram que estavam “um pouco/muito confiantes na segurança do suprimento de alimentos dos EUA”. Avançando para 2023, vemos que apenas 70% dos consumidores confessam que estão um pouco/muito confiantes na segurança do suprimento de alimentos dos EUA. A minha maior preocupação é que, no ano passado, observamos uma queda significativa naqueles que afirmam estar muito confiantes.

Recuperando a Confiança 

Como muitos dos meus colegas dedicados à segurança de alimentos, não estou pronto para aceitar 70% de confiança e ignorar os 30% que estão “inseguros” (19%) ou os 11% que “não estão/de jeito nenhum estão confiantes”. A confiança pode ser comparada à fundação de um edifício. Ela é forte e foi construída para que o edifício tome forma e dure décadas. Os consumidores que confiam na segurança do suprimento de alimentos provavelmente confiam naqueles que produzem alimentos, regulam e vendem alimentos. Considerando meus 28 anos em segurança de alimentos e comunicação de risco, penso que é justo sugerir que todos paremos, façamos uma reflexão e pensemos “o que posso fazer para aumentar a confiança do consumidor?”

O Trabalho a Ser Feito 

Incluída na Pesquisa Alimentos e Saúde do IFIC deste ano, queríamos colher informações sobre a confiança do consumidor na segurança do suprimento de alimentos dos EUA. Como uma pergunta de extensão sobre a confiança do consumidor, incluímos “O que aumentaria a sua confiança na segurança do suprimento de alimentos?” As opções de resposta incluíam uma série de conceitos, desde “recalls de alimentos” até “mais informações na embalagem”. Curiosamente, duas das três principais respostas selecionadas foram recomendações para o amplo setor da indústria de alimentos e para o governo federal:

• 36% sugerem que é preciso entender “como o governo garante atualmente que os alimentos sejam seguros”.
•  35% sugerem que é preciso entender “como as empresas de alimentos garantem atualmente que os alimentos são seguros”.
• 35% querem ver “uma regulamentação mais rigorosa em torno da segurança do suprimento de alimentos”.

Para Onde Vamos Agora? 

Estes dados ilustram algumas oportunidades imediatas que podem ser exploradas por vários atores do setor na segurança de alimentos. Os consumidores querem “estar informados” e estão interessados ​​no que a indústria de alimentos e o governo estão fazendo para protegê-los de doenças transmitidas por alimentos ou de ingredientes que outros consideram “perigosos”. Uma maneira de conseguir isso é trabalhar em conjunto para divulgar histórias reais de pessoas reais sobre como estamos garantindo que o abastecimento de alimentos seja seguro.

À medida que setembro chegou ao fim, refletimos sobre tudo o que conquistamos neste mês da segurança de alimentos: desde uma nova fonte de informação em segurança de alimentos sobre recalls de alimentos até um webinar de educação profissional continuada sobre segurança de alimentos, nós temos fornecido importantes fontes de informação e hospedamos um espaço para discussões importantes, tudo na busca de aumentar a confiança do consumidor na segurança do suprimento de alimentos dos EUA.

Este artigo foi escrito por Anthony Flood, Diretor Sênior de Comunicações de Ingredientes Alimentares.