FRUTA DE MONGE

O QUE SÃO ADOÇANTES DA FRUTA DO MONGE?

A fruta do monge, também conhecida como lo han guo ou fruta Swingle, é uma pequena fruta redonda nativa do sul da China. Os adoçantes da fruta do monge são adoçantes sem calorias que podem ser usados para diminuir a ingestão de açúcares adicionados, e ao mesmo tempo, proporcionar a satisfação em apreciar o sabor doce. Alguns tipos de adoçantes nesta categoria são considerados de baixa caloria – como o aspartame, e outros são sem calorias (por exemplo, os adoçantes da fruta do monge, adoçantes de stevia e a sucralose). No entanto, coletivamente, eles são, em geral, chamados de substitutos do açúcar, adoçantes de alta intensidade, adoçantes não nutritivos, adoçantes de baixa caloria ou simplesmente adoçantes.

Como outros edulcorantes não calóricos, os edulcorantes da fruta do monge são intensamente doces. Os edulcorantes da fruta do monge são em média 150-200 vezes mais doces que o açúcar e, como tal, apenas pequenas quantidades são necessárias para corresponder à doçura fornecida pelo açúcar. Os adoçantes da fruta do monge podem ser usados em uma ampla gama de bebidas e alimentos como refrigerantes, sucos, produtos lácteos, sobremesas, balas e condimentos. Por serem estáveis a altas temperaturas, os adoçantes da fruta do monge podem ser utilizados em produtos forneados. Entretanto, uma receita que utiliza adoçantes da fruta do monge no lugar do açúcar, pode ser ligeiramente diferente porque, além de adoçar, o açúcar desempenha vários papéis relacionados ao volume e a textura nas receitas, mas isto varia de acordo com o tipo de receita.

Várias marcas, como Monk Fruit In The Raw®, Lakanto®, SPLENDA® Naturals Monk Fruit Sweetener, SweetLeaf® e Whole Earth® usam adoçantes da fruta do monge nas formas em pó e líquida. 

COMO SÃO PRODUZIDOS OS EDULCORANTES DA FRUTA DO MONGE?

Eles têm sido utilizado há séculos na medicina oriental, tanto como um auxiliar de constipação quanto na digestão. Extratos da fruta do monge também estão sendo utilizados em adoçantes de mesa e para adoçar alimentos e bebidas industrializados. Os adoçantes da fruta do monge são produzidos removendo as sementes e a pele da fruta, esmagando a fruta e depois filtrando e extraindo suas porções doces em formas líquidas e em pó. Durante a produção dos adoçantes da fruta do monge, o extrato da fruta do monge é muitas vezes misturado com eritritol para ter um sabor e um aspecto mais parecido com o açúcar de mesa. O eritritol é um tipo de poliol, também chamado de álcool de açúcar, que contém zero calorias por grama.1

O QUE ACONTECE COM OS ADOÇANTES DA FRUTA DO MONGE APÓS SEU CONSUMO?

Os compostos que dão ao extrato da fruta do monge sua doçura são chamados mogrosídeos, que consistem de uma estrutura em espinha dorsal chamada mogrol com unidades de glicose (glicosídeos) presas a ela. O principal mogrosídeo dos adoçantes da fruta do monge é o mogrosídeo V.

A parte mais conhecida sobre como os mogrosídeos são metabolizados vem de estudos feitos em animais. Acredita-se que os animais metabolizam os mogrosídeos da mesma forma ou de forma semelhante aos humanos. Os mogrósideos não são absorvidos no trato gastrointestinal superior, portanto, não fornecem calorias. Quando os mogrosídeos chegam ao cólon, os micróbios intestinais quebram as moléculas de glicose e as utilizam como uma fonte de energia. O mogrol e alguns metabólitos são então, primeiramente, excretados do trato gastrointestinal, e pequenas quantidades são absorvidas na corrente sanguínea e excretadas na urina.2-4

Alguns adoçantes da fruta do monge contêm eritritol. O eritritol é absorvido rapidamente no intestino delgado e a maior parte, cerca de 80 a 90%, é excretada na urina em 24 horas.5.6

OS ADOÇANTES DA FRUTA DO MONGE SÃO SEGUROS PARA O CONSUMO?

SIM. Os extratos da fruta do monge são Geralmente Reconhecidos Como Seguros (GRAS),7 uma categoria do processo de revisão regulatória utilizada pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA). A FDA também lista o eritritol como GRAS para uso em uma variedade de alimentos e bebidas.8 O status GRAS requer um consenso especializado de que um ingrediente alimentar é seguro para seu uso pretendido. Em 2010, a FDA respondeu sem objeção à primeira notificação GRAS apresentada sobre os extratos da fruta do monge – cujo nome científico é Siraitia grosvenorii. Para mais informações sobre o processo GRAS, veja a barra lateral “O que é GRAS?

O parecer científico da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) publicado em 2019 afirmou que os dados eram insuficientes naquela época para que a EFSA chegasse a uma conclusão sobre a segurança do uso dos extratos da fruta do monge em alimentos.9 A segurança dos extratos da fruta do monge foi confirmada por agências de saúde em países ao redor do mundo, inclusive: China, Japan’s Ministry of Health, Labour and Welfare, Food Standards Australia New Zealand (FSANZ) e Health Canada, que os permitem somente como adoçantes de mesa em sachês. Em sua aprovação do uso dos extratos da fruta do monge como adoçante, a FSANZ cita um histórico de uso seguro na China, Canadá, Japão e EUA, e nenhuma evidência de efeitos adversos em estudos em humanos com consumo de até 60 miligramas (mg) de extrato da fruta do monge por quilograma (kg) de peso corporal por dia.10 Em estudos em animais, fornecendo níveis extremamente elevados de extrato da fruta do monge (por exemplo, 2.500-7.000 mg de extrato da fruta do monge por kg de peso corporal por dia), os efeitos adversos não foram claramente demonstrados.11-13

O extrato da fruta do monge é atualmente permitido para uso em mais de 60 países, porém não foi estabelecida uma ingestão diária aceitável (IDA). A IDA normalmente representa uma quantidade 100 vezes menor do que a quantidade de uma substância encontrada para alcançar um nível de efeito adverso não observado em estudos toxicológicos. De acordo com a FDA, há várias razões pelas quais uma IDA pode não ser estabelecida para uma substância, incluindo evidências de segurança em níveis de consumo bem acima da quantidade necessária para adoçar um alimento ou bebida.14 Para saber mais sobre a IDA, consulte a barra lateral “O que é uma IDA?

O QUE É IDA?

A ingestão diária aceitável, ou IDA, é a ingestão diária média durante uma vida útil que se espera ser segura com base em pesquisas relevantes.15 Ela é derivada pela determinação do nível sem efeitos adversos observados, ou NOAEL, que é o nível mais alto de ingestão que se descobriu não ter nenhum efeito adverso nos estudos durante toda a vida de modelos animais, dividido por 100.16 A definição da IDA 100 vezes inferior ao nível superior que se determinou não ter efeitos adversos em estudos toxicológicos acrescenta uma margem de segurança que ajuda a garantir que a ingestão humana será segura.

O QUE É GRAS?

Os ingredientes alimentícios permitidos para uso nos EUA se enquadram em uma de duas categorias: aditivos alimentares, que requerem revisão antes da aprovação pela FDA; ou ingredientes Geralmente Reconhecidos Como Seguros (GRAS). Seja como GRAS ou como aditivo alimentar, os ingredientes alimentícios devem ser seguros e devem atender aos mesmos altos padrões da segurança de alimentos. Para ser considerado GRAS, um ingrediente deve atender a uma das duas condições a seguir:

1) Um histórico de uso seguro que tenha sido estabelecido e um número significativo de pessoas tenha consumido o ingrediente antes da promulgação da Food Drug and Cosmetic Act de 1958; ou

2) Dados científicos e informações sobre a segurança e o uso do ingrediente sejam amplamente conhecidos e disponíveis publicamente em artigos científicos, artigos de posicionamento e similares, com consenso entre os especialistas científicos de que o ingrediente é seguro para seu uso pretendido.

CRIANÇAS PODEM CONSUMIR ADOÇANTES DA FRUTA DO MONGE?

SIM. Embora nenhuma pesquisa tenha sido publicada sobre o consumo de adoçantes da fruta do monge por crianças, nenhum efeito negativo à saúde foi demonstrado em modelos em animais ou em adultos.10 Os adoçantes da fruta do monge podem adicionar doçura aos alimentos e bebidas de uma criança sem contribuir para o consumo de calorias ou adição de açúcares. Os adoçantes da fruta do monge não são fermentáveis como os açúcares e o eritritol não é cariogênico,17 o que significa que não promove a cárie dentária.

Com o foco na redução do consumo de açúcares adicionados nas últimas décadas, o número de produtos alimentícios e bebidas contendo adoçantes de baixo teor calórico tem aumentado. Pesquisas observacionais com crianças e adultos americanos mostraram um aumento na porcentagem de pessoas que relatam consumo diário de produtos contendo adoçantes de baixo teor calórico;18 no entanto, o consumo atual de cada adoçante de baixo teor calórico é considerado perfeitamente dentro de níveis aceitáveis, tanto globalmente quanto nos EUA.19,20

A American Heart Association (AHA) não aconselha o consumo regular por crianças de bebidas contendo adoçantes com baixo teor calórico; em vez disso, a AHA recomenda água e outras bebidas não adoçadas, como o leite comum.21 Uma das notáveis exceções no aconselhamento científico da AHA de 2018 é feita para crianças com diabetes, cujo controle da glicemia pode ser beneficiado pelo consumo de bebidas com baixo teor calórico no lugar de variedades adoçadas com açúcar. Citando uma ausência de dados, a declaração das diretrizes de 2019 da Academia Americana de Pediatria (AAP) não apresenta recomendações para crianças menores de dois anos que consomem alimentos ou bebidas com baixo teor de calorias.22 A declaração das diretrizes de 2019 da AAP reconhece, entretanto, os benefícios potenciais dos adoçantes de baixo teor calórico para crianças; esses benefícios incluem a redução do consumo de calorias (especialmente entre crianças com obesidade), diminuição da incidência de cárie dentária e resposta glicêmica entre crianças com diabetes tipo 1 e tipo 2. As Diretrizes Dietéticas Para Americanos (DGA) 2020-2025 não recomendam o consumo de adoçantes hipocalóricos ou açúcares adicionados por crianças menores de dois anos de idade.23 Esta recomendação da DGA não está relacionada ao peso corporal, diabetes ou à segurança dos açúcares adicionados ou adoçantes hipocalóricos; em vez disso, pretende-se evitar que bebês e crianças pequenas desenvolvam uma preferência por alimentos excessivamente doces durante esta fase formativa.

MULHERES GRÁVIDAS E AMAMENTANDO PODEM CONSUMIR ADOÇANTES DA FRUTA DO MONGE?

SIM. Embora nenhuma pesquisa publicada tenha examinado os possíveis efeitos dos adoçantes da fruta do monge em mulheres grávidas e lactantes, vários estudos em animais não demonstraram efeitos adversos ou reprodutivos para a mãe, nem para sua descendência, mesmo quando os animais foram expostos a níveis muito altos de adoçantes da fruta do monge todos os dias durante longos períodos de tempo.10 Todas as mulheres grávidas ou lactantes precisam dos nutrientes e calorias necessários para o crescimento e desenvolvimento ideal de seu bebê, tomando cuidado para não exceder suas necessidades energéticas.

PESSOAS COM DIABETES PODEM CONSUMIR ADOÇANTES DE FRUTAS MONGE?

SIM. Alimentos e bebidas produzidos com adoçantes de baixa e sem caloria, como os adoçantes da fruta do monge, são frequentemente recomendados a pessoas com diabetes como uma alternativa aos alimentos e bebidas adoçados com açúcar; eles também são recomendados como uma forma de ajudar esses indivíduos a satisfazer seu desejo pelo sabor doce enquanto controlam a ingestão de carboidratos.

O impacto do consumo dos adoçantes da fruta do monge não foi estudado em indivíduos com diabetes tipo 2. Alguns estudos observacionais demonstraram uma associação entre o consumo de adoçantes de baixa caloria e o risco de diabetes tipo 2;24,25 entretanto, como nenhum dos estudos incluiu adoçantes da fruta do monge, nenhuma evidência de associação entre o consumo relatado dos adoçantes da fruta do monge e diabetes tipo 2 foi descrita na literatura.

Um estudo randomizado controlado de 2017 testou a resposta glicêmica de pessoas sem diabetes tipo 2 após o consumo de adoçantes da fruta do monge.26,27 Neste pequeno estudo cruzado de homens jovens, os níveis de glicose no sangue pós-prandial26,27 e de insulina26 não diferiram entre o consumo antes da refeição de bebidas contendo adoçantes de frutas de monge, adoçantes de stevia ou aspartame. Relatórios não publicados que foram citados pela EFSA em seu Parecer Científico de 2019 demonstraram que o consumo humano de uma dose única de 200 mg/kg de peso corporal por dia de adoçantes da fruta do monge não teve efeito sobre a glicose no sangue,9 embora as concentrações de extrato da fruta do monge não tenham sido relatadas.

Declarações de consenso recentes de especialistas em nutrição, medicina, atividade física e saúde pública, concluíram que o uso de adoçantes hipocalóricos pode contribuir para um melhor manejo glicêmico entre pessoas com diabetes devido aos efeitos neutros dos adoçantes hipocalóricos sobre a hemoglobina A1c, insulina e glicose de jejum e pós-prandial.28-30 Organizações globais de profissionais de saúde também publicaram conclusões sobre a segurança e o papel dos adoçantes hipocalóricos para pessoas com diabetes. As 2021 American Diabetes Association Standards of Medical Care in Diabetes afirmam que “Para algumas pessoas com diabetes acostumadas a consumir regularmente produtos adoçados com açúcar, os adoçantes não nutritivos (contendo poucas ou sem calorias) podem ser um substituto aceitável para os adoçantes nutritivos (aqueles contendo calorias, como açúcar, mel e xarope de agave) quando consumidos com moderação. O uso dos adoçantes não nutritivos não parece ter um efeito significativo no controle glicêmico, mas eles podem reduzir a ingestão total de calorias e carboidratos, desde que os indivíduos não compensrm com calorias adicionais de outras fontes alimentares.”31 Declarações semelhantes que abordam a segurança e o uso potencial dos adoçantes hipocalóricos para pessoas com diabetes são apoiadas por Diabetes Canada32 e Diabetes UK.33

OS ADOÇANTES DA FRUTA DO MONGE PODEM AJUDAR NA PERDA OU NA MANUTENÇÃO DO PESO?

Atualmente, nenhuma pesquisa em humanos, seja observacional ou de intervenção, examinou diretamente como o consumo dos adoçantes da fruta do monge estão associados, ou afetam o peso corporal. A maioria das pesquisas científicas examinando a relação entre o consumo de adoçantes de baixa caloria e peso corporal avalia coletivamente o consumo de alimentos e bebidas que contêm múltiplos tipos de adoçantes de baixa caloria, incluindo misturas de adoçantes. Um exemplo é uma pesquisa on-line com 434 membros do National Weight Control Registry (NWCR); é o maior estudo longitudinal de indivíduos que perderam pelo menos 13,5 kg e mantiveram o peso conquistado por mais de um ano.34 A pesquisa do NWCR constatou que mais de 50% dos participantes relataram que consumiam regularmente bebidas com baixo teor calórico; 78% desses indivíduos relataram que fazer isso, ajudou a controlar sua ingestão calórica.

Alguns estudos observacionais relataram uma associação entre o uso de adoçantes hipocalóricos e o aumento do peso corporal e da circunferência da cintura em adultos.35 Uma revisão sistemática e uma meta-análise de estudos observacionais publicados em 2017 concluiu que o consumo de adoçantes hipocalóricos também estava associado a aumento no índice de massa corporal (IMC) e maior incidência de obesidade e doenças cardiometabólicas em adultos.36 Outras revisões sistemáticas e meta-análises recentes concluíram que os resultados de estudos observacionais não mostraram associação entre o consumo de adoçantes hipocalóricos e o peso corporal, e mostraram uma pequena associação positiva com IMC mais alto.37-39 Em crianças e adolescentes, estudos observacionais mostraram uma associação entre o consumo de bebidas hipocalóricas e o aumento do peso corporal, embora evidências de estudos controlados aleatórios não tenham mostrado isso.40,41

Os estudos observacionais podem ser importantes para gerar hipóteses, mas é importante notar que eles têm limitações. Por sua natureza, os estudos observacionais não podem provar causa e efeito. Em vez disso, os estudos observacionais examinam a associação entre uma exposição – como a ingestão relatada de adoçantes de baixa caloria – e um resultado, como o peso corporal ou uma condição de saúde. As associações encontradas em estudos observacionais podem ser confundidas por vários fatores e/ou podem ser o resultado de causalidade reversa. Um exemplo comum disto é uma pessoa mudando suas escolhas de alimentos e bebidas após ser diagnosticada com uma condição de saúde; a doença levou-a a fazer estas mudanças, mas as mudanças que fez não levaram à doença.

Também foi sugerido que as pessoas que já têm excesso de peso ou obesidade podem começar a escolher alimentos e bebidas com baixo teor calórico como um método para perder peso.42-45 Isto torna difícil supor que o uso de um adoçante com baixo teor calórico pode ser a causa do ganho de peso, uma vez que a causalidade reversa pode ser um fator. Uma revisão sistemática e meta-análise de 2019, financiada pela Organização Mundial da Saúde, recomendou interpretar cautelosamente os resultados de estudos observacionais sobre adoçantes hipocalóricos e resultados de saúde, ao passo, que se concentravam na confusão plausível e na causalidade reversa.39

Outra dificuldade em estudar o impacto dos adoçantes de baixas calorias no peso corporal é que as pessoas podem compensar as escolhas sem calorias comendo ou bebendo mais calorias em outras escolhas alimentares ou refeições futuras.46,47 Pense em uma pessoa que possa justificar pedir a sobremesa em um restaurante porque ele ou ela consumiu um refrigerante dietético em sua refeição; as calorias extras da sobremesa provavelmente serão maiores do que as calorias economizadas ao pedir a bebida dietética. Essas calorias adicionais podem contribuir para o ganho de peso ou evitar uma maior perda de peso. Este comportamento é chamado de “efeito de permissão” ou “auto permissão”, no qual um indivíduo justifica ceder às indulgências ao encontrar razões para tornar um comportamento incoerente mais aceitável com seus objetivos.48 Embora, isso possa ocorrer em alguns casos, há poucas evidências de estudos científicos de que as pessoas consomem calorias em excesso de forma consistente e consciente como resultado do consumo de adoçantes de baixo teor calórico, ou de alimentos e bebidas que os contenham.49

Estudos aleatórios e controlados bem projetados são considerados como o padrão ouro para avaliar os efeitos causais. Evidências de ensaios clínicos randomizados controlados apoiam que a substituição de versões com calorias regulares por versões adoçadas com adoçantes com baixo teor calórico leva a uma modesta perda de peso.37-39,50-53 Em um ensaio clínico randomizado em 2016, mais de 300 participantes foram orientados a consumir água ou bebidas com baixo teor calórico durante um ano como parte de um programa que incluiu 12 semanas de perda de peso seguidas de 40 semanas de intervenções de manutenção de peso. Os participantes que foram designados para o grupo de bebidas com baixo teor calórico perderam 6,21 kg em média; aqueles do grupo de água perderam 2,45 kg.50

Conclusões de pesquisas observacionais estudando o impacto dos adoçantes de baixo teor calórico sobre o peso corporal muitas vezes entram em conflito com os dados de ensaios controlados e aleatórios. Uma revisão da literatura científica relevante de 2018 concluiu que as evidências dos estudos observacionais mostram uma associação entre a ingestão de adoçantes com baixo teor calórico e peso corporal maior; entretanto, evidências de estudos controlados e aleatórios demonstram que o consumo de adoçantes com baixo teor calórico pode auxiliar na perda de peso.54 Mais recentemente, uma análise de uma rede de citações de 2021 revelou que as revisões da literatura que mostram uma relação entre a ingestão de adoçantes com baixo teor calórico e o peso corporal menor dependem principalmente de dados de estudos controlados e aleatórios, enquanto as revisões que citam principalmente estudos observacionais mostram uma relação com o peso corporal maior.55

Embora algumas revisões sistemáticas de estudos de intervenção tenham concluído que o baixo consumo de adoçantes com baixo teor calórico não leva a uma perda ou ganho de peso apreciável, tais descobertas parecem ser o resultado de como os estudos são comparados.36 Como afirmado por Mela, et al.,45 alguns desenhos de estudo permitem a análise dos resultados entre alternativas calóricas e não calóricas,38,53 enquanto outros não.36

O Scientific Report of the 2020 Dietary Guidelines Advisory Committee (DGAC) incluiu uma revisão sistemática de 37 estudos – seis dos quais foram ensaios controlados e aleatórios, publicados entre janeiro de 2000 e junho de 2019, sobre o papel das bebidas de baixo teor calórico na adiposidade. O relatório do DGAC concluiu que os adoçantes de baixo teor calórico e sem calorias deveriam ser considerados uma opção para o controle do peso corporal.56

É importante observar que perder e manter o peso corporal requer múltiplas abordagens simultâneas. Fazer uma única mudança, como a substituição de produtos ricos em calorias, contendo açúcar, por produtos contendo edulcorantes de baixo teor calórico é apenas um dos fatores. Estilo de vida e práticas comportamentais como alimentação saudável, exercícios físicos regulares, sono suficiente e manutenção de redes sociais de apoio são fatores importantes para alcançar as metas de perda e manutenção do peso.

OS ADOÇANTES DA FRUTA DO MONGE PODEM ME DEIXAR COM MAIS FOME?

Alimentos altamente palatáveis ativam regiões cerebrais de recompensa e prazer. Esta associação positiva tem sido colocada como hipótese para aumento do apetite e, se não for controlado, o aumento resultante da ingestão de alimentos pode contribuir para o excesso de peso e obesidade.57 Os adoçantes de baixa caloria também podem levar a um estímulo de vias de recompensa, ativando receptores do sabor doce, mas sem contribuir com calorias adicionais.

Alguns pesquisadores expressaram a preocupação de que a ativação de vias de recompensa sem a entrega de calorias ao organismo pode ter consequências não intencionais, mas mais pesquisas são necessárias para apoiar esta hipótese. Alguns estudos com animais demonstraram mudanças na ingestão de alimentos e hormônios relacionados ao apetite após o consumo de adoçantes de baixo teor calórico.35,54 Entretanto, outros estudos com animais mostram que as vias envolvidas na digestão do açúcar e a preferência pelo açúcar não são ativadas por adoçantes de baixo teor calórico.58,59

Embora poucas pesquisas tenham sido publicadas sobre os efeitos específicos da ingestão de adoçantes da fruta do monge no apetite e saciedade dos seres humanos, outros adoçantes de baixa e sem caloria têm sido estudados mais extensivamente. Até hoje, não há evidências fortes de que os adoçantes de baixa e sem calorias aumentem o apetite ou a vontade de comer nos seres humanos.30,60-62 Alguns ensaios randomizados e controlados63 demonstraram o efeito oposto, incluindo uma diminuição na fome47 e uma redução na ingestão de sobremesas em comparação com os participantes que bebiam água.64 Um pequeno ensaio randomizado controlado de 2017 foi o primeiro a investigar os efeitos de uma bebida com o adoçante da fruta do monge sobre a ingestão de calorias subsequentes. Os resultados de um estudo com 30 homens jovens mostraram que a ingestão de calorias não diferiu durante um período de 24 horas quando foi consumida na bebida pre-almoço adoçada com adoçantes da fruta do monge, ou quando foi consumida uma bebida adoçada com açúcar.26

E QUANTO AO MICROBIOMA?

Embora as pesquisas sobre o microbioma intestinal ainda estejam em seus primeiros passos, os micróbios que vivem no trato intestinal tornaram-se reconhecidos como colaboradores potencialmente significativos para a saúde. Entretanto, atualmente não existem padrões para definir um microbioma humano saudável.65 Existem diferenças significativas entre os perfis microbiológicos de diferentes pessoas e as pesquisas têm mostrado que o microbioma intestinal pode responder rapidamente às mudanças normais nas escolhas alimentares.66 Especialistas internacionais notaram que as enormes variações nos perfis microbiológicos tornam difícil distinguir a variação normal dos efeitos adversos.

Apesar do envolvimento da microbiota intestinal no metabolismo dos mogrosídeos da fruta do monge, até o momento não há evidências de que os adoçantes da fruta do monge tenham um impacto significativo na composição ou na função do microbioma intestinal. Entretanto, ainda não foram realizados ensaios clínicos randomizados em humanos. Uma revisão da literatura de 2019 não encontrou provas conclusivas de que os adoçantes de baixa caloria tenham um impacto negativo sobre a microbiota intestinal.67 Em 2020, um painel de especialistas em adoçantes de baixa caloria chegou a uma conclusão semelhante que, neste momento, os dados sobre os efeitos dos adoçantes de baixa caloria sobre a microbiota intestinal humana são limitados e não fornecem provas adequadas de que eles têm impacto sobre a saúde intestinal em doses relevantes para o consumo humano.30,68

QUAL É A CONCLUSÃO?

Todos os tipos de alimentos e bebidas, incluindo aqueles elaborados com adoçantes da fruta do monge, podem ter um lugar em uma variedade de padrões alimentares saudáveis. Os adoçantes da fruta do monge são relativamente novos na cadeia de suprimentos de alimentos. Como tal, seu impacto e associação com condições crônicas como obesidade e diabetes não tem sido bem estudado como ocorre com outros adoçantes de baixo teor calórico. Entretanto, os adoçantes da fruta do monge têm sido utilizados com segurança há séculos nas culturas asiáticas e nenhum efeito adverso foi documentado. Os adoçantes da fruta do monge são considerados GRAS nos Estados Unidos desde 2010 e sua segurança tem sido reconhecida por muitas agências de saúde internacionais.

Os adoçantes da fruta do monge não foram estudados especificamente por seu impacto no peso corporal como o foram outros adoçantes de baixo teor calórico. Os resultados dos estudos observacionais sobre o impacto dos adoçantes de baixo teor calórico no peso corporal muitas vezes entram em conflito com os resultados de ensaios controlados e aleatórios. Estudos observacionais ligando adoçantes hipocalóricos ao ganho de peso ou risco de diabetes não podem, inerentemente, demonstrar uma relação causal e sofrem de questões metodológicas como confusão e causalidade reversa. Em contrapartida, estudos randomizados e controlados confirmam consistentemente que o uso de adoçantes hipocalóricos pode ser uma estratégia nutricional útil para auxiliar nas metas de perda e/ou manutenção do peso. Ensaios aleatórios e controlados também confirmam que os adoçantes hipocalóricos não afetam os níveis de glicose ou insulina no sangue, incluindo o único ensaio aleatório e controlado publicado conduzido sobre os efeitos glicêmicos e insulinêmicos do consumo de adoçantes da fruta do monge. Embora o papel do microbioma intestinal na saúde ainda esteja sendo explorado, as pesquisas disponíveis não sugerem que os adoçantes de baixo teor e sem calorias afetem negativamente o microbioma intestinal.

Adotar um estilo de vida saudável, ativo e adaptado aos objetivos e prioridades pessoais é vital para apoiar o bem-estar de cada um. Escolher alimentos e bebidas adoçados com adoçantes de baixa e sem calorias, como os adoçantes da fruta do monge, é uma forma de reduzir o consumo de açúcares adicionados e  manter as calorias sob controle – componentes  esses, importantes para manter a saúde e reduzir o risco de doenças relacionadas ao estilo de vida.

ADOÇANTES DA FRUTA DO MONGE – BREVE RESUMO

NOME CIENTÍFICO: Siraitia grosvenorii

NOME DAS MARCAS: Monk Fruit In The Raw®, Lakanto®, SPLENDA® Naturals Monk Fruit Sweetener, SweetLeaf® e Whole Earth®.

SITUAÇÃO NA FDA: Geralmente Reconhecido Como Seguro (GRAS) em 2010, para uso em alimentos e bebidas

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